VIDA MANSA

09 fevereiro 2007

A sacizada reunida

Fotos: Andye Iore

Enquanto a Adap/Galo humilhava o Coxinha no Willie Davids, na última quarta-feira em Maringá, por 4 a 2, eu estava no estádio Octávio Mangabeira (vulgo Fonte Nova) vendo a recuperação do Bahia no Campeonato Baiano 2007.

Estou em férias em Itaparica e não poderia deixar de ver um jogo por aqui. Tentei ir ao Barradão, pois tenho mais simpatia pelo rubronegro Vitória. Mas, o taxista disse que a corrida de táxi ficaria em aproximadamente R$ 70 e aí desisti. O estádio da Fonte Nova é no centro de Salvador e o estádio é mais bacana.

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O jogo foi Bahia 3 x 1 Itabuna. O time da casa ainda está em formação, estreou quatro jogadores, está empolgado na competição e já está em segundo lugar com 15 pontos. O rival Vitória tem 19 pontos. Já o Itabuna está em 11° (penúltimo) com apenas 4 pontos.

O Fonte Nova tem um gramado que é um “tapete”, seis painéis com 40 lâmpadas cada (o que proporciona uma ótima iluminação no campo) e dois anéis de arquibancada. O superior estava praticamente vazio, já que o time vem de uma “fase” ruim no Brasileirão.

A torcida – que sempre foi uma das mais festivais do país - não tem muita paciência e só apóia quando acontecem boas jogadas e, claro, nas comemorações de gols.

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O que me chamou a atenção foi que há poucas placas de publicidade ao redor do campo. Bem diferente do estado do Paraná, onde já cobri jogos com mais de 50 (!) placas de propaganda à beira do gramado.

O destaque do time hoje é o atacante Fábio Saci. O apelido é porque ele comemora os gols que faz pulando em uma perna só.
O legal é que a torcida na arquibancada faz o mesmo... a sacizada reunida. E a torcida: “Uh, terror! Saci é matador!”. Ele é o terceiro artilheiro da competição com seis gols.

Só tinha uma bandeira que estava pendurada no alambrado atrás do gol dos fundos. Um hábito da torcida é impulsionar o time com palmas: são três palmas pausadas seguidas de duas rápidas. Não vi nenhum torcedor do Itabuna.

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A única torcida organizada – Terror Tricolor – chegou na metade do primeiro tempo (perdeu o primeiro gol) e mal viu o jogo. O grupo com pouco mais de dez torcedores ficava simulando brigas entre eles e fazendo outras brincadeiras.

O placar eletrônico fica sobre a entrada principal, atrás do gol entre os dois anéis de arquibancada. Ele é pequeno e apresenta poucas informações durante o jogo: os resultados de outras partidas da rodada e renda e público.

Neste dia, 12.683 torcedores e renda de R$ 56.025. Paguei R$ 10 pelo ingresso de arquibancada. Outros preços: cerveja (Skol e Brahma): R$ 2, refrigerante R$ 1,50, camisa do Bahia (não oficial) entre R$ 25 a R$ 35. Experimentei um conjunto de suco de caju e coxinha de frango tradicionalmente apimentada por apenas R$ 1,50 (solução para quem estava com muita fome e não queria esperar o jogo acabar).

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A saída do estádio foi tranquila com fluxo rápido. No próximo domingo tem o clássico BaVi, no Barradão, e a disputa nas arquibancadas promete ser quente.